VIBRÁTIL (2009)

 

 

Em Vibrátil as intérpretes-criadoras mergulharam em processos individuais de pesquisa e criação, transformando suas maneiras de dirigir o pensamento do corpo para remeter às idéias que se alojaram em seus corpos com princípios de autonomia e alteridade. Partimos da dança como linguagem com enfoque “no corpo cotidiano social” e sua transposição para o espaço de encenação. Em uma espécie de trabalho colaborativo, entrelaçamos as idéias e os corpos que dançam e, o "corpo que resiste-deseja-vibra" é a síntese motivadora que conduziu nosso processo. Consideramos a tríade, espaço, tempo e ação para criar um sistema com propriedades relacionadas entre si, transformando a coreografia em um organismo vivo de idéias.

A matéria prima que compõe a obra nasceu das histórias vividas pelas intérpretes e atualizadas em seus encontros, confrontadas na construção de cada cena; motivadas pela maneira de lidar com a diferença x semelhança: uma intérprete é brasileira e a outra Colombo - mexicana. Universos como o iconográfico, a memória, o textual e o acústico, foram essenciais para nos levar a processos de criação, posteriormente de contaminação e sociabilização das informações geradas durante nossa imersão. Buscamos representar um corpo que pulsa e que anseia, modificado pela troca de experiências, apontando caminhos possíveis, mas que in-surgiu fundamentalmente a partir da formação de um coletivo cênico singular, composto por um diretor e duas bailarinas.

Concepção, coreografias, atuação e figurino: PRISCILA PATTA e NATÁLIA REYES

Direção e preparação corporal: ALEX DIAS

Duração: 25 minutos

Fotografia: Leo